O
Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF)
atendeu ao chamado das centrais e também integra a mobilização. O
ANDES-SN orienta as seções sindicais a discutir em suas instâncias e
deliberar a paralisação na data apontada pelas centrais.
"Como
parte deste processo de valorização da luta coletiva como instrumento
de conquista e transformação social, o ANDES-SN, através das suas Seções
Sindicais e em unidade com os demais setores, orienta a participação
nas manifestações que estão ocorrendo, bem como a realização de
paralisações no dia 11 de julho que foi definido como Dia Nacional de
Lutas. Essa estratégia é importante para fortalecer a presença da classe
trabalhadora organizada nas ruas", afirma a presidente do ANDES-SN,
Marinalva Oliveira.
Além
da paralisação do dia 11 de julho, as centrais também indicaram os
eixos que compõem o pleito unificado das mais diversas categorias da
classe trabalhadora: a redução das tarifas e melhoria da qualidade dos
transportes públicos; o aumento nos investimentos da saúde pública;
posição contrária ao Projeto de Lei 4330/2004, que trata sobre
terceirização de mão de obra; pelo fim dos leilões de petróleo; pelo fim
do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; pela redução
da jornada de trabalho; e a Reforma Agrária.
Para
o coordenador da CSP-Conlutas, Zé Maria, o contexto permite a
construção da paralisação proposta pelas centrais e reflete o processo
de mobilização que acontece no país. "Foi uma decisão importante, que
fortalece a presença da classe trabalhadora organizada nesses atos",
avaliou.
Antes
mesmo da definição de 11 de julho como Dia Nacional de Lutas, o
ANDES-SN já havia enviado uma recomendação às Seções Sindicais para
intensificar a luta por direitos sociais, que marca toda a trajetória do
Sindicato Nacional, e convocar assembleias para avaliar a possibilidade
de paralisação conjunta de todos os setores da educação e dos
servidores públicos nos dias convocados para os atos, além da integração
às manifestações e a articulações com as entidades locais.
"A
conjuntura do Brasil atual traz à tona uma sequência de manifestações
populares por todo o país. Essa explosão social vinha sendo gestada há
tempos, culminando recentemente nos movimentos organizados pelo 'Passe
Livre', denotando profunda repulsa às ações políticas corruptas, ao
cinismo da classe política, ao desrespeito dos governos em relação aos
serviços públicos e à arrogância da exploração dos setores dominantes e
do capital", diz o documento (confira).
A
circular ressaltou ainda que todos sabem o que esse movimento
representa e é possível antever a extensão do seu alcance. "Nesse
sentido, devemos fortalecer esse processo e, para tanto, encaminhamos à
consideração das seções sindicais do ANDES-SN a discussão sobre a
necessidade de estabelecer interfaces bem como formas de intervenção com
esse movimento social dinâmico, de acordo com orientações de nossas
instâncias de base".
Reunião do Fórum dos SPF
O
2º secretário do ANDES-SN, Paulo Rizzo, participou da reunião do Fórum
dos SPF realizada também na última terça-feira (25), ocasião em que o
Fórum decidiu integrar as atividades do dia 11 de julho. "Depois de
muito tempo com reuniões pequenas conseguimos ter uma reunião bem
representativa do Fórum dos SPF. Isso sem dúvida tem a ver com as
mobilizações que estão ocorrendo em todo o país, até porque as entidades
que compõe este espaço estão participando das manifestações através de
seus representantes locais", avaliou.
As
entidades nacionais dos SPF orientarão também os servidores públicos
federais a continuarem participando de todas as manifestações,
defendendo os eixos unificados do Fórum, com destaque para a luta contra
o PL 92, contra a Ebserh e a Funpresp. "As entidades defendem recursos
públicos para a saúde pública e educação pública, o que vai ao encontro
das reinvindicações da população nas ruas e contra as propostas do
governo, que pretende reforçar a destinação de verba pública para o
setor privado, por meio de austeridade fiscal", completou o 2º
secretário do ANDES-SN.
Para
Paulo Rizzo se faz urgente cessar a entrega do patrimônio do país, para
aplicação efetiva de recursos em políticas públicas. "É preciso acabar
com os leilões das reservas de petróleo, com a desculpa de que parte dos
recursos será usada para saúde e educação, e também reverter todo tipo
privatização", ressaltou.
Fonte: ANDES-SN
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