terça-feira, 24 de julho de 2012

2ª Ação de Formação da Massa Crítica ocorrerá na FURG

Foto: Wagner Passos

A 2ª Ação de Formação de Massa Crítica ocorrerá na Universidade Federal do Rio Grande - FURG, dia 10 de agosto, no auditório 1 do Cidec-Sul. O evento tem como proposta reunir a comunidade, os estudantes e especialistas em trânsito e mobilidade, para discutir os problemas de mobilidade atualmente enfrentados pelos municípios brasileiros.

Nesta 2ª edição, será abordado o tema “Sistemas de Alta e Média Capacidade: Novas Tecnologias” por meio de palestras sobre VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), Trem e Aeromóvel, além de uma mesa redonda com o tema do evento.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo site: getrans.furg.br.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da FURG www.furg.br
Publicado no Observatório dos Conflitos por: Wagner Passos

terça-feira, 17 de julho de 2012

Comissão Estadual da “Verdade”. Como será?

No dia 17 de julho estive presente em um seminário nos auditório do Ministério Público em Porto Alegre, intitulada: Conferencia de Baltasar Garzón, direitos humanos, desenvolvimento e criminalidade global. Além da Presença do Ministro Espanhol, Baltasar Garzón, jurista que carrega em seu currículo a condenação do ex ditador Chileno Augusto Pinochet, no ano de 1998, também faziam-se presentes o Governador do Estado, Tarso Genro, o Ministro do STF, Gilson Dipp, a Ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, dentre outras autoridades do setor judiciário de diferentes esferas, assim como uma grande plateia de estudantes e entidades relacionadas as lutas por melhorias nas políticas públicas sobre direitos humanos no Estado.
No entanto, a principal atração do evento acabou por ser a assinatura da criação da Comissão Estadual da Verdade, que é criada para colaborar com a Comissão Nacional da Verdade, ambas com a espinhosa missão de investigar os crimes cometidos pelo regime militar, de 1964 até 1984.
Tendo em vista este momento, de grande pompa e cerimonial extremamente formal, destaco um pequeno grupo, presente na plateia, que em determinado momento ao fim da fala de Garzón, manifesta-se com gritos de “- Para que nunca se esqueça, para que nunca mais aconteça!”
Falo do Comitê Popular Memória, Verdade e Justiça, que fez de forma rápida e bem oportuna uma pequena manifestação em meio a cerimonia pomposa organizada pelo Governo do Estado. Juntamente com uma grande faixa com os mesmos dizeres dos gritos, assim como um manifesto, distribuído antes e depois do evento, estes manifestantes, defendem a criação de comitês de justiça contra os crimes cometidos no período militar em todas as regiões do RS, assim como pede a revisão da lei de anistia de 28 de Agosto de 1979, assinada pelo então ditador João Batista Figueiredo, revalidada atualmente pelo judiciário brasileiro.
Mais uma vez, não se sabe ao certo para que servirá a Comissão Estadual da Verdade, pois esta, assim como a Comissão Nacional, não tem caráter punitivo e apenas investigativo e contará com apenas cinco membros, cuidadosamente escolhidos pelo governo. A luta do Comitê Popular Memória, Verdade e Justiça é para que esta comissão possa, já que não ira punir os responsáveis por torturas e mortes no período militar, que ao menos auxilie para que seja revista em outras esferas as leis de anistia que protegem todos os torturadores, colaboradores e executores do regime militar.
De acordo com o próprio Ministro Dipp, “a criação da comissão representa um "redimensionamento da sociedade brasileira frente a seu passado, seu presente e certamente a seu futuro". "Talvez a lei tenha vindo com um atraso, mas com uma vantagem, porque é herdeira de tantas outras comissões já existentes. (...) Nenhuma sociedade afirma-se como democracia se não estiver em paz com sua consciência e conhecendo a sua história." No entanto, isto não significa que ela irá resolver alguma coisa. Após grande expectativa, vemos que, por não ter poderes de punição para torturadores, as Comissões da Verdade, são uma grande decepção para os que sonham com justiça para as dezenas de desaparecidos e torturados no regime.
Talvez esta comissão auxilie as famílias desamparadas do período militar, como as que compõem o Comitê Popular, no entanto, é notável que o poder publico ainda não tem interesse real e força politica para fazer cumprir a vontade popular por justiça social e abertura dos processos e documentos da ditadura.
Na foto a seguir, o Garzón e Maria do Rosário aplaudem a lei que cria a comissão Estadual da Verdade, que mais que uma atitude política, espera-se que tenha alguma utilidade pública.

Texto:Fábio Lopes de Oliveira

Foto:http://sul21.com.br/jornal/


Foto:http://sul21.com.br/jornal/

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cúpula dos Povos- Considerações Finais.

Como a maioria deve saber hoje faz exatamente um mês que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, e do dia 5 de junho até hoje muito foi falado, discutido, e avaliado sobre as questões ambientais. Tivemos o mega evento da Rio+20 a Cúpula dos povos que em grandiosidade nada deixou a desejar mas, e no fim o que tiramos disso tudo? Então, essa pergunta vem martelando minha cabeça e eu penso e penso e na verdade nada de muito concreto me surge.
Lidar com estas datas, estes eventos como um simples acontecimento não me parece a coisa mais sensata a se fazer, sim a Rio+20 a Cúpula já passou mas será que os problemas as soluções ou pelo menos as preocupações também já passaram?E agora daqui para frente, como cada um, como você ou eu vamos agir?Os problemas estão ai cada vez mais evidentes e todos estamos sofrendo, mas e ai o que fazer?
A Cúpula dos Povos na Rio+20 tinha com ideia bem geral nos trazer mais soluções ou pelo menos propostas de tais, mas quem participou das programações pode ver que não foi bem isso que nos foi mostrado.Não sei se por falta de sorte minha, mas, em praticamente todas as plenárias que estive presente, em todas as discussões mesmo as informais que presenciei, nada se trazia a não ser apontar culpados, e um dos maiores alvos era os governos políticos, não, não vou entrar em detalhes sobre esse tema mas, não acredito que seja culpa só de um governo o problema que o mundo todo enfrenta. Ficar procurando um culpado, um único culpado, não me pareceu uma boa solução e foi analisando essas atitudes que depois de todos esses circos armados eu pude ter uma visão geral e bem pessoal, a qual quero compartilhar com vocês, sobre esse momento em que estamos vivendo, principalmente sobre o momento Cúpula dos Povos que tanto esteve em evidência nos últimos dias.
Não sei se todos sabem mas quando começaram as preparações para a Cúpula dos Povos foram estabelecidos quatro objetivos centrais para que focem discutidos e bem mais que isso se apresentassem possíveis soluções para a crise ambiental pela qual passamos. Eram eles: O fim da mercantilização da vida, uma outra economia, valorização das experiências e campanhas e mobilizações.
Com base nesses pontos sobe minha visão a Cúpula dos Povos e é claro os seus participantes muito deixaram a desejar. Por que? Simplesmente por que nos sete dias em que estive lá me pareceu que esses objetivos juntamente com muitos outros foram deixados de lado se não esquecidos e substituídos por outros que vieram nada a mais que divergir com os primeiros. Eram inúmeras plenárias onde só se discutia e como eu já sitei anteriormente apontava-se culpados.Sim existiam muitas pessoas empenhadas a lutar e protestar, mobilizar, e estender ao mundo campanhas contra tudo e todos mas, prática, bem isso foi algo que ficou meio camuflado se é que existiu. Mobilizações foram feitas principalmente diante das câmeras de TV, e de tudo foi feito para chamar a atenção da mídia, vestir roupas, pintar rosto ou até mesmo tirar a roupa.
O terceiro objetivo era a valorização das experiências, mas como valorizar aquilo que pouco podemos trocar ou escutar dos outros? Quando tínhamos a oportunidade de conversar as pessoas pareciam mais preocupadas em discutir política e defender seu lado do que ouvir ou repassar experiências então esse foi mais um dos objetivos que ficou confuso.O segundo objetivo foi um dos que mais me pareceu totalmente esquecido ou mal compreendido só perdendo para o primeiro. Como propor ou até mesmo pensar em uma nova economia se estamos totalmente aprisionados a atual? Quem teve a oportunidade de andar pelas ruas do evento no Aterro pode ver que a Cúpula nada mais foi que uma grande feira de produtos das mais diversas fontes, alias o Rio de Janeiro todo esteve nestes dias mergulhado em um sistemas mais capitalista que nunca. A proposta era mudar a economia e se instaurar a ideia de uma economia solidaria mas que solidariedade era aquela? Tudo exatamente tudo no Rio de Janeiro não só na Cúpula dos Povos estava a preços exorbitantes e super ou hiperfaturados, no próprio Aterro só existia uma feira de troca e ainda era apenas simbólica então ou eu não entendo nada ou a economia solidária também foi esquecida.
Em tudo isso o que mais me preocupou na realidade foi o primeiro objetivo, já que esse trata de nós seres bem diretamente.A mercantilização da vida, esse era o primeiro problema a se tentar resolver mas, não foi bem assim que aconteceu. Andando pelas ruas do evento o que mais se encontrava eram pessoas vendendo tudo o que podiam, indígenas posavam para fotos como se estivessem em uma exposição, cobravam por fotos com animais da nossa fauna e se isso não é mercantilizar a vida então alguém me explica por favor por que eu devo estar extremamente equivocado.
Não sei nos outros acampamentos, mas no qual fiquei eramos vigiados dia e noite, e muitas vezes me senti em um curral do governo, não quero entrar em detalhes sobre esse assunto por respeito aos organizadores do acampamento que tenho certeza muito se esforçaram pra fazer o melhor, mas quero e preciso me posicionar diante a um governo que sitiou uma cidade durante um evento que tinha com proposta geral promover a interação entre os povos e a partir dai tentar solucionar um problema de âmbito mundial, quero também fixar que a atitude de muitos jovens no evento principalmente no acampamento deixou muito a desejar, a falta de responsabilidade com o lixo produzido, a falta de noção do momento o qual viviam em fim muitos outros pontos deixou explícito que eles estavam lá no Rio muito mais para curti uma praia do que para ajuda-la a se manter.
Para finalizar quero dizer que nem tudo foi um desastre, neste momento de lutar a favor de um mudo melhor muitas pessoas estavam sim dispostas a fazer a diferença e sim, o fizeram, mas o lado contrário foi tão berrante que elas quase passaram despercebidas.
Feira de Trocas na Cúpula dos Povos(ÚNICA E SIMBÓLICA)
Indígenas posando para fotos (UMA DAS GRANDES ATRAÇÕES DA CÚPULA)
A pergunta que me faço até agora.

Jaime Antonio Tasca Filho
Graduando em Ciências Biológicas

terça-feira, 3 de julho de 2012

Ongs denunciam a ONU perseguição contra manifestantes de Belo Monte

No último dia 28 de junho entidades de direitos humanos denunciaram a Organização das Nações Unidas o que estão chamando de "criminalização política e perseguição policial decorrente de uma manifestação contra Belo Monte realizada no último dia 16, no Pará."

Para saber mais acessem o site do Movimento Xingu Vivo para sempre e fique informado sobre os acontecimentos de Belo Monte.

O site é: www.xinguvivo.org.br.