sábado, 30 de junho de 2012

*Manifesto de Repúdio pelo Assassinato dos Pescadores da *AHOMAR*

Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil que subscrevem o
presente Manifesto expressam sua indignação pelo brutal assassinato dos
pescadores artesanais *Almir Nogueira de Amorim* e *João Luiz Telles
Penetra (Pituca)*, membros* *da Associação Homens e Mulheres do Mar
AHOMAR), da Baía de Guanabara. Exigimos que o Estado do Rio de Janeiro e o
Estado Brasileiro tomem as providências imediatas para investigar os fatos,
proteger e garantir a vida dos pescadores artesanais ameaçados.
Almir e Pituca eram lideranças da AHOMAR, organização de pescadores
artesanais que luta contra os impactos socioambientais gerados por grandes
empreendimentos econômicos que inviabilizam a pesca artesanal na Baía de
Guanabara. Ambos desapareceram na sexta-feira, dia 22 de junho de 2012,
quando saíram para pescar. O corpo do Almir foi encontrado no domingo, dia
24 de junho, amarrado junto ao barco que estava submerso próximo à praia de
São Lourenço, em Magé, Rio de Janeiro. O corpo de João Luiz Telles (Pituca)
foi encontrado na segunda-feira, dia 25 de junho, com pés e mãos amarrados
e em posição fetal, próximo à praia de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

*A História de Luta da AHOMAR*
A AHOMAR representa pescadores artesanais de sete municípios da Baía de
Guanabara e possui 1870 associados. Desde 2007 vem denunciando
sistematicamente as violações e crimes ocorridos na construção do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) um dos maiores investimentos da
história da Petrobrás e parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em 2009, os pescadores da AHOMAR ocuparam as obras de construção dos
gasodutos submarinos e terrestres de transferência de GNL (Gás Natural
Liquefeito) e GLP (gás liquefeito de petróleo) realizado pelo consórcio das
empreiteiras GDK e Oceânica, contratadas pela Petrobras. Essa obra
inviabiliza diretamente a pesca artesanal na Praia de Mauá-Magé, Baia de
Guanabara, onde fica a sede da AHOMAR.
Eles ancoraram seus barcos próximos aos dutos da obra e ali permaneceram
durante 38 dias. Desde então, os pescadores sofrem constantes ameaças de
morte. Em maio do mesmo ano, Paulo Santos Souza, ex-tesoureiro da AHOMAR,
foi brutalmente espancando em frente a sua família e assassinado com cinco
tiros na cabeça. Em 2010, outro fundador da AHOMAR, Márcio Amaro, também
foi assassinado em casa, em frente a sua mãe e esposa. Ambos os crimes até
hoje não foram esclarecidos.
Em função da violência contra os pescadores e das constantes ameaças de
morte, desde 2009 Alexandre Anderson de Souza, presidente da AHOMAR, vive
com sua família sob a guarda do Programa de Proteção aos Defensores de
Direitos Humanos, vivendo 24 horas por dia com escolta policial. O que não
impediu que Alexandre Anderson sofresse novos atentados contra a sua vida.

*Intensificação das ameaças e novas mortes*
No final de 2011 e início de 2012 os pescadores da AHOMAR voltaram a se
mobilizar contra os impactos decorrentes das obras do COMPERJ. Com a
justificativa de acelerar o cronograma de execução das obras, a Petrobras e
o INEA tentaram retomar uma proposta já descartada durante o processo de
licenciamento ambiental. A manobra visa transformar o Rio Guaxindiba,
afluente da Baia de Guanabara, localizado na Área de Proteção Ambiental de
Guapimirim, numa hidrovia para transporte de equipamentos do COMPERJ.
Conscientes da magnitude dos impactos que seriam provocados sobre a Baia de
Guanabara e a pesca artesanal, os integrantes da AHOMAR denunciaram a
intenção da Petrobras e lideraram uma mobilização em solidariedade ao Chefe
da APA Guapimirim, Breno Herrera, ameaçado de exoneração da ICMBIO por se
opor ao impacto desse empreendimento. Desde então, as ameaças aos
pescadores da AHOMAR se intensificaram.
Para agravar a situação, no mês de fevereiro deste ano o Destacamento de
Policiamento Ostensivo (DPO) da Praia de Mauá, onde fica a sede da AHOMAR e a residência do Alexandre Anderson, foi desativado, expondo os pescadores a novas ameaças e tornando a população local ainda mais vulnerável. Nesse
período pelo menos outras três lideranças da AHOMAR foram ameaçadas de
morte.
Foi neste contexto, de desarticulação da segurança pública na região e
intensificação das ameaças contra os pescadores que *Almir Nogueira de
Amorim* e *João Luiz Telles Penetra (Pituca) *foram assassinados*.
Trata-se, portanto, de uma crônica de mortes anunciadas. *Ambos foram
encontrados com claras evidencias de execução.
Diante destes graves acontecimentos manifestamos toda a nossa solidariedade
à AHOMAR e aos familiares dos pescadores assassinados. Ao mesmo tempo,
exigimos:

1.Que os mandantes e assassinos diretos de Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra sejam identificados e responsabilizados;
2.Que sejam concluídas as investigações pelas mortes de Paulo Santos Souza e Márcio Amaro, até hoje não esclarecidas, e que seus assassinos também sejam identificados e responsabilizados;
3.Que sejam investigadas todas as ameaças aos pescadores artesanais da
AHOMAR.
4.A assinatura pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral,do Decreto de institucionalização do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos;
5.O acompanhamento da apuração dos assassinatos das lideranças aqui
listadas pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República;
6.O fortalecimento da proteção do Alexandre Anderson e que a escolta
policial seja estendida à sua esposa, Daize Menezes de Souza;
7.A imediata reabertura da DPO da Praia de Mauá e o Fortalecimento da
Segurança Pública da região;
8.Que a Petrobrás e as empresas a ela vinculadas no escopo das obras do
COMPERJ na Baía de Guanabara negociem com a AHOMAR a justa pauta de
reivindicações do movimento.

Os signatários abaixo listados seguirão denunciando os extermínios dos
lutadores sociais que estão enfrentando de modo legitimo a destruição das
condições de pesca artesanal na Baia da Guanabara e nas demais áreas
pesqueiras do Rio de Janeiro. Igualmente, acompanharemos o processo de
investigação e as providencias do governo estadual em defesa da integridade
dos demais pescadores em luta. As mortes de Almir, João Luiz, Paulo e Marcio nos leva a afirmar: *somos todos pescadores, somos todos militantes
da AHOMAR!*

Assinam:
> Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra/ ES
> Terra de Direitos
> Movimento Nacional de Direitos Humanos
> Movimento Nacional de Direitos Humanos/ RJ
> Movimento Nacional de Direitos Humanos/ ES
> Justiça Global
> Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (DDH)
> AMIGOS DA TERRA BRASIL
> Mariana Criola – Centro de Assessoria Jurídica Popular

Este manifesto foi recebido pelos pesquisadores do Observatório dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil e divulgado neste espaço. O email para contato e adesão ao manifesto é: contato@global.org.br

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Pessoas que fazem a Diferença

No dia 17 de junho tive a oportunidade de conhecer o Campo do Sargento uma das comunidade do Complexo da Alemão localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. O complexo hoje é composto por entorno de 13 comunidades que vem resistindo ao abandono do poder público por quase 50 anos.Ao contrário do que pode-se pensar o complexo hoje vive um momento de passificação e segundo o que relatam os moradores nunca foi tudo o que se mostra na Tv.
Nesta visita, estávamos em um grupo de 7 pessoas com o intuito de promover intervenções socioculturais dentro da comunidade, e foi ai que tive a oportunidade de conhecer a dona Lucia Cabral. Moradora da comunidade a mais de 30 anos ela é presidente da ONG chamada EDUCAP que foi fundada em março 2008 pela própria Dona Lucia em conjunto com os moradores do Complexo e que desde então visa a promoção da saúde e dos direitos humanos para a comunidade.
No início a sede era em um barraco feito de madeira mas em março deste ano com a vinda do príncipe Harry ao Brasil a sede da ONG ganhou uma nova estrutura já que a comunidade seria objetivo de uma das visitas do nobre. O velho barraco de madeira em 26 dias passou a a ser uma estrutura de dois andares feita de contêineres onde funciona um cozinha dois banheiros, sendo um destes para portadores de deficiência, biblioteca e uma sala de aula, ainda na área externa possui um quintal com área de lazer e uma horta comunitária. Dona Lucia diz que a proposta deste prédio é ser totalmente sustentável e por isso o material utilizado na construção e na mobília da nova sede foi ao máximo possível procedido de matéria reciclado.
Através do trabalho realizado em conjunto com várias outras entidades não governamentais como é o caso do grupo que forma o Cultura Hacker, que estavam presentes no dia 17, a comunidade vem buscando através de educação ambiental, sanitária e didática promover a mudança e trazer auto estima aos moradores do Complexo, e com esse pensamento já existem vários projetos futuros e outros em andamento como é o caso da instalação de um unidade da Unicirco(www.unicirco.com.br)dentro da comunidade, a proposta de um Albergue, a Escola do Morro que vem educando jovens e adultos aliada a Rede do Saber, o programa ECOLIBERDADE que trabalha com ex-detentos visando sua reinclusão social e a Colônia de Férias Ambiental que promove a educação de crianças e jovens nos meses de férias e os ensina a cuidar e manter o meio ambiente promovendo a limpeza do que restou da Serra da Misericórdia, local que segundo D.Lucia é o pulmão do Complexo.
Dona Lucia se diz contente com os avanços dos projetos, mas afiram que não consegue entender o que o governo faz com as políticas públicas, já que toda a mudança que vem ocorrendo no complexo tem acontecido em sua grande maioria graças aos esforços e a coragem dos moradores que lutam todos os dias para que no futuro o complexo possa contar com escolas e universidades inseridas dentro da comunidade o que facilitaria em muitos aspectos a vida dos moradores.
Maiores informações sobre esses programas e sobre a ONG vocês podem encontrar nos endereços abaixo:
www.youtube.com/watch?v=So2R-__kNv0
www.novocomplexodoaleao.com
Jaime A. Tasca Filho
Graduando do curso de Ciências Biológicas- FURG

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pequeno Príncipe

Demorei para ler o Pequeno Príncipe, leitura obrigatória das Miss. É uma pancada, muito boa a leitura e principalmente, a viagem.
Mas pensando no nosso mundo imundo, onde o ter é mais do que ser, onde é preciso produzir primeiro e viver depois, me veio na mente poluída esta ideia. E aí está... o capitalismo selvagem devorando B612.
por Wagner Passos http://wagnerpassosblog.blogspot.com

terça-feira, 26 de junho de 2012

Belo Monte, Anúncio de uma Guerra - Filme

Recebemos e divulgamos! Para que todos possam entender o contexto do filme e que assistam o mesmo.


"Um filme financiado pelo público, do Xingu para o mundo."
Belo Monte é um projeto de aproveitamento hidrelétrico em terras indígenas. O projeto contempla um complexo de pelo menos 4 barragens, 2 casas de força, 27 diques, 3 canais de enchimento, 7 canais de transposição e 1 gigantesco canal de derivação que pretende desviar o rio Xingu para reservatórios que alagariam cerca de 516 km² da Floresta Amazônica e propriedades particulares onde o cultivo predominante é o cacau.
Nenhuma terra indígena seria alagada. Entretanto, Belo Monte transformaria os 100 km da Volta Grande do Xingu em um trecho de vazão reduzida e isolado, uma vez que os paredões de concreto da barragem barrariam as aldeias da cidade de Altamira. Com isso, os indígenas não mais poderiam ir de canoa até Altamira, uma pratica frequente e necessária para que recebam tratamentos médicos.
Além disso, a construção da barragem é uma ameaça aos peixes da Volta Grande do rio Xingu. Nove espécies de peixes raros correm o risco de extinção: Aequidens michaeli, Anostomoides passionis, Astyanax dnophos, Ossubtus xinguense, Parancistrus nudiventris, Pituna xinguensis, Plesiolebias Altamira,Simpsonichthys reticulatus e Teleocichla centisquama.
Como se não bastasse essa tragédia, o peixe representa 90% da proteína ingerida pelo povo local e é este dado que relaciona Belo Monte a um potencial genocídio. Isto porque, especialistas e caciques tradicionais prevêem que, ao se reduzir a vazão do rio na Volta Grande, os peixes morrerão, pois o rio é pedregoso e tem a sua temperatura elevada em muitos graus quando seu nível está baixo. Por esse motivo, também a Associação de Pescadores de Altamira é contra o empreendimento. A falta de peixes terá grande impacto na economia local e poderá gerar situações de fome. Atualmente, o empreendedor e o governos federal ignoram por completo essa possibilidade.
O aumento populacional nas cidades de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio a Uruará representa um dos mais problemáticos impactos socioambientais do empreendimento, uma vez que o empreendedor não cumpriu as condicionantes básicas que preparariam tais municípios para receber a onda migratória. Hoje já é possível constatar os impactos sofridos por estas cidades em decorrência da já iniciada migração ocasionada por Belo Monte, tais como: aumento no índice de violência, prostituição, alcoolismo e tráfico de drogas. Se formado o lago de Belo Monte, tais municípios também sofrerão com aumento de doenças de veiculação hídrica e por insetos, tais como dengue e malária.
“Com Belo Monte Altamira poderá se tornar uma península doente rodeada por um lago podre sem peixes. (...) Pessoas famintas, sem moradia, violentas e prostituídas... É um destino triste para a população local”.
Don Erwin Klauter – bispo da prelazia do Xingu.
Apesar de seu alto custo e grandiosa dimensão, Belo Monte é considerada um projeto de engenharia ruim e extremamente ineficiente. Embora possua um potencial de 11.182 Megawatts, Belo Monte não produzirá mais do que 4.000 Megawatts devido à sazonalidade do rio Xingu. Além disso, as linhas de transmissão da energia gerada na usina nunca foram orçadas e seu custo, assim como seu traçado, ainda são uma incógnita para os brasileiros. Especialistas prevêem que poderá custar o mesmo valor da obra, ou seja, cerca de R$ 30 bilhões.
Impactos socioambientais foram subdimensionados pelo empreendedor, de modo que, ao contrário do que os defensores da usina divulgam, a energia gerada por Belo Monte é, na realidade, caríssima. Este alto preço se dá, igualmente, por força da alta importância do rio Xingu como fonte de água, alimentos e, principalmente, devido à preciosidade dos povos ancestrais que dele dependem para sobreviver.
Então por que construir Belo Monte?
Saiba quais são os verdadeiros motivos da construção desta usina assistindo ao filme nos cinemas e na internet.
Mais informações: http://www.belomonteofilme.org
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sábado, 23 de junho de 2012

DECLARAÇÃO FINAL: CÚPULA DOS POVOS NA RIO+20 POR JUSTIÇA SOCIAL E AMBIENTAL EM DEFESA DOS BENS COMUNS, CONTRA A MERCANTILIZAÇÃO DA VIDA

Movimentos sociais e populares, sindicatos, povos e organizações da sociedade civil de todo o mundo presentes na Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, vivenciaram nos acampamentos, nas mobilizações massivas, nos debates, a construção das convergências e alternativas, conscientes de que somos sujeitos de uma outra relação entre humanos e humanas e entre a humanidade e a natureza, assumindo o desafio urgente de frear a nova fase de recomposição do capitalismo e de construir, através de nossas lutas, novos paradigmas de sociedade.

A Cúpula dos Povos é o momento simbólico de um novo ciclo na trajetória de lutas globais que produz novas convergências entre movimentos de mulheres, indígenas, negros, juventudes, agricultores/as familiares e camponeses, trabalhadore/as, povos e comunidades tradicionais, quilombolas, lutadores pelo direito a cidade, e religiões de todo o mundo. As assembléias, mobilizações e a grande Marcha dos Povos foram os momentos de expressão máxima destas convergências.

As instituições financeiras multilaterais, as coalizões a serviço do sistema financeiro, como o G8/G20, a captura corporativa da ONU e a maioria dos governos demonstraram irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta e promoveram os interesses das corporações na conferência oficial. Em constraste a isso, a vitalidade e a força das mobilizações e dos debates na Cúpula dos Povos fortaleceram a nossa convicção de que só o povo organizado e mobilizado pode libertar o mundo do controle das corporações e do capital financeiro.

Há vinte anos o Fórum Global, também realizado no Aterro do Flamengo, denunciou os riscos que a humanidade e a natureza corriam com a privatização e o neoliberalismo. Hoje afirmamos que, além de confirmar nossa análise, ocorreram retrocessos significativos em relação aos direitos humanos já reconhecidos. A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a democracia e a natureza, sequestrando os bens comuns da humanidade para salvar o sistema econômico-financeiro.

As múltiplas vozes e forças que convergem em torno da Cúpula dos Povos denunciam a verdadeira causa estrutural da crise global: o sistema capitalista associado ao patriarcado, ao racismo e à homofobia.

As corporações transnacionais continuam cometendo seus crimes com a sistemática violação dos direitos dos povos e da natureza com total impunidade. Da mesma forma, avançam seus interesses através da militarização, da criminalização dos modos de vida dos povos e dos movimentos sociais promovendo a desterritorialização no campo e na cidade.

Avança sobre os territórios e os ombros dos trabalhadores/as do sul e do norte. Existe uma dívida ambiental histórica que afeta majoritariamente os povos do sul do mundo que deve ser assumida pelos países altamente industrializados que causaram a atual crise do planeta.

O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitário sobre os recursos naturais e serviços estratégicos, que continuam sendo privatizados, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessários à sobrevivência.

A atual fase financeira do capitalismo se expressa através da chamada economia verde e de velhos e novos mecanismos, tais como o aprofundamento do endividamento público-privado, o super-estímulo ao consumo, a apropriação e concentração das novas tecnologias, os mercados de carbono e biodiversidade, a grilagem e estrangeirização de terras e as parcerias público-privadas, entre outros.

As alternativas estão em nossos povos, nossa história, nossos costumes, conhecimentos, práticas e sistemas produtivos, que devemos manter, revalorizar e ganhar escala como projeto contra-hegemônico e transformador.

A defesa dos espaços públicos nas cidades, com gestão democrática e participação popular, a economia cooperativa e solidária, a soberania alimentar, um novo paradigma de produção, distribuição e consumo, a mudança da matriz energética, são exemplos de alternativas reais frente ao atual sistema agro-urbano-industrial.

A defesa dos bens comuns passa pela garantia de uma série de direitos humanos e da natureza, pela solidariedade e respeito às cosmovisões e crenças dos diferentes povos, como, por exemplo, a defesa do “Bem Viver” como forma de existir em harmonia com a natureza, o que pressupõe uma transição justa a ser construída com os trabalhadores/as e povos. A construção da transição justa supõe a liberdade de organização e o direito a contratação coletiva e políticas públicas que garantam formas de empregos decentes.

Reafirmamos a urgência da distribuição de riqueza e da renda, do combate ao racismo e ao etnocídio, da garantia do direito a terra e território, do direito à cidade, ao meio ambiente e à água, à educação, a cultura, a liberdade de expressão e democratização dos meios de comunicação, e à saúde sexual e reprodutiva das mulheres.

O fortalecimento de diversas economias locais e dos direitos territoriais garantem a construção comunitária de economias mais vibrantes. Estas economias locais proporcionam meios de vida sustentáveis locais, a solidariedade comunitária, componentes vitais da resiliência dos ecossistemas. A maior riqueza é a diversidade da natureza e sua diversidade cultural associada e as que estão intimamente relacionadas.

Os povos querem determinar para que e para quem se destinam os bens comuns e energéticos, além de assumir o controle popular e democrático de sua produção. Um novo modelo enérgico está baseado em energias renováveis descentralizadas e que garanta energia para a população e não para corporações.

A transformação social exige convergências de ações, articulações e agendas comuns a partir das resistências e proposições necessárias que estamos disputando em todos os cantos do planeta. A Cúpula dos Povos na Rio+20 nos encoraja para seguir em frente nas nossas lutas.

Rio de Janeiro, 15 a 22 de junho de 2012.

Comitê Facilitador da Sociedade Civil na Rio+20 - Cúpula dos Povos

TEXTO RECEBIDO ATRAVÉS DO INFORMATIVO ELETRÔNICO DA REASUL

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Vila Autódromo, por um Rio sem remoções!

Ainda estamos digerindo tudo que está acontecendo aqui no Rio. Muitas são as atividades, manifestações, rodas de discussões, plenárias, caminhadas...Mas logo publicaremos com maiores detalhes as ações as quais estamos participando; abaixo irei relatar uma ação que participei ontem (20/06) na Vila Autódromo, Rj.
Estão acontecendo marchas pela cidade em torno das mais diversas problemáticas, ontem pela manhã ocorreu uma Manifestação dos Movimentos Sociais, com saída no RioCentro, às 8h; ao mesmo tempo, tivemos conhecimento que ocorreria uma ação na Vila Autódromo, zona oeste do RJ. Uma Vila afastada das grandes mobilizações e excluída da pauta dos debates, no entanto, intensamente afetada pelos "mega eventos".
Decidimos, então, participar dessa mobilização na Vila Autódromo, em torno de 40 pessoas independentes decidiram ir para essa 'intervenção alternativa' que o grande nº de manifestantes estava indo, porém para chegar nesse local todas as formas de transporte estavam nos sendo negadas, inicialmente iriam enviar ônibus para nos levar até a Vila, mas os ônibus não apareceram, posteriormente decidimos ir de metrô, pois com a pulseira do evento temos passagem livre nos metrôs, mas não estavam nos deixando passar, enfim, inúmeras foram as formas, barreiras policiais e informações equivocadas surgiram para impedir nosso acesso ao local e fragmentar a manifestação na Vila Autódromo.
Com todos esses empecilhos, que não somente nosso grupo enfrentou, mas diversos outros também passaram, chegamos ao local após a manifestação ter acabado. Essa terminou pois barreiras intransponíveis de policiais, exército, até no espaço aéreo impediram a circulação e a caminhada dos manifestantes, os motivos vocês entenderão agora:
A Vila Autódromo é uma comunidade que nasceu de uma vila de pescadores na beira da lagoa de Jacarépagua há mais de 40 anos. Nos anos seguintes com o aumnto da ocupação urbana nas margens da lagoa, sucessivos aterros, a construção da Cidade do Rock, além da construção de grandes condomínios fechados, a região passou a ser alvo de grande importância para o capital e especulação imobiliária. Apesar de ter sido demarcada como Área de Especial Interesse Social em 2005, as sucessivas tentativas de remoção dos moradores da Vila parecem responder diretamnte à valorização imobiliária da Barra da Tijuca. A justificativa mais recente para a remoção da Vila é a construção do Parque Olímpico somada à necessidade de "preservação ambiental". Tal justificativa não se sustenta, conforme alegam os moradores, pois há condições de permanência dos mesmos com qualidade ambiental através da urbanização. Além disso, tal medida não parece ser muito coerente com o edital de licitação de concessão que prevê à concessionária o direito de explorar comercialmente 75% da área. Como forma de resistir às arbitrariedades do poder público, a Associação dos Moradores elaborou o Plano Popular da Vila Autódromo, que comprova a possibilidade de permanência e melhoria das condições de moradia, saneamento e desenvolviment social com respeito ao meio ambiente. Os moradores não aceitam a remoção da comunidade, pois mais que quatro paredes, a Vila representa a história de vida dos moradores, a relação entre os mesmos de uma vida inteira e defendem "Copa e Olimpíadas não justificam remoções".
Bom, aqui foi somente um breve relato do contexto no qual está inserida a comunidade da Vila Autódromo e das minhas percepções, meu objetivo, posteriormente, é publicar uma análise mais aprofundada da situação enfrentada pela Vila Autódromo, visto que passamos até o final da tarde no local conversando com a comunidade e caminhando entre as ruas na companhia dos moradores, entre eles o Sr. Luiz e o Robson. Abaixo seguem algumas fotos desse relato.
Vivam todas as comunidades populares da cidade do Rio de Janeiro!

Até breve e saudações à tod@s!

Gitana Nebel
(Fotos Gitana Nebel)























quarta-feira, 20 de junho de 2012

Em homenagem a Rio + 20

... uma reunião que apresenta iniciativas de mercado, para que os grandes poluidores do mundo continuam poluindo usando o rótulo de "Economia Verde"... porque ser ver é ser bonito.
Entrevista do Michael Löwy... clica aqui e saiba um pouco mais.

...por Wagner Passos

terça-feira, 19 de junho de 2012

Rio 'menos' 20, no Complexo do Alemão, RJ.

Olá caros colegas que estão acompanhando nossa movimentação na Cúpula dos Povos, no Rio!
Informamos desde já que o acesso à internet está um pouco difícil, pois são poucos os lugares que disponibilizam computador com internet para os participantes do evento, por isso nossas publicações estão demorando para tornarem-se acessível a tod@s. Mas vamos lá!
Posto, agora, uma atividade muito interessante e emocionante que realizamos no domingo (17/06): uma caminhada no bairro Ramos, no Complexo do Alemão, e visita ao movimento paralelo que está sendo organizado por esta comunidade a qual chamaram de "Rio 'menos' 20" (seguem duas fotos, abaixo, ilustrando a manifestação dos moradores).
A Rio - 20, no Complexo  do Alemão, está sendo organizada através do Projeto Adubando Raízes Locais, do Instituto Raízes em Movimento, do qual fazem parte moradores, estudantes de universidades e escolas, artistas da música local - como o hip hop -, o pessoal da grafitagem, das poéticas, informática, fotógrafos da comunidade, dj's e por aí vai. O movimento está com uma forte repercursão entre os moradores uma vez que buscam salientar os desafios e problemáticas enfrentadas por eles (UPP's, teleféricos instalados nos topos do morro para transporte dos moradores - que, de certo modo, não atende nem 10% dos moradores, obras inacabadas, falta de saneamento, recolhimento do lixo etc), causas essas evidenciadas pelas expressões da própria comunidade.
Passamos o dia caminhando entre as as vielas do Complexo, conversando com os moradores, escutando a sonoridade própria do local, pois em cada beco um som, uma música diferente, aglomerados de pessoas nas calçadas, caminhando entre as ruelas, expressões muito evidentes do local. Foi nesse momento que nos sentimos no Rio de Janeiro, atos, fatos e manifestações muito além das grandes organizações e maquiagens que estão montadas para receber às comitivas extrangeiras no centro da cidade.
Sem muito tempo para escrever mais nesse momento, pois as atividades são diversas, em muitos lugares e simultâneas, deixo abaixo algumas fotos desse domingo no Complexo do Alemão, e em breve estaremos postando mais notícias.

Saudações à todos os povos e aos rios que correm em nossas veias!

Gitana Nebel
Mestranda em Educação Ambiental - Furg

(fotos Gitana Nebel)







A Realeza e o Rio

No último Domingo, dia 17/06, dentro das muitas atividades que a Cúpula dos Povos proporciona, visitamos o Complexo do Morro do Alemão, na periferia da cidade do Rio de Janeiro. Por todo o caminho nos perguntávamos como seria esta experiencia, tão diferente para moradores do sul, acostumados a ver os confrontos nas favelas cariocas (e nas do RS também) apenas pela televisão.
                                  Complexo do Alemão, Campo do Sargento. Ao fundo, o prédio                                                              vermelho centro de promoção da saúde e cultura construído em 20 dias.

Pode-se dizer que possivelmente foi uma das experiências mais ricas que muitos do nosso grupo de sete pessoas já tiveram na vida. A recepção por parte dos moradores foi ótima, acolhedora, tranquila, melhor do que em muitos outros lugares da endinheirada zona sul do Rio. Fomos acolhidos pelos moradores no pequeno complexo de Promoção da Saúde e Lazer, construído em 20 dias para a visita do Príncipe Harry, Filho de Lady Daiana e do Príncipe Charles ao Complexo. Alguns moradores relatam que, após a ocupação deflagrada pelo governo em 2010, a favela voltou a ser vista pelas políticas públicas, e com a visita do pŕincipe, muitas coisas foram feitas a toque de caixa. No entanto, este centro de promoção a saúde, já funcionava de formas precárias a mais de 20 anos, e em virtude desta "ilustre" visita, foi reconstruído, com contêineres e projetos arquitetônicos em apenas 20 dias. Após vinte anos de descaso do poder público, em vinte dias tudo é possível para se exaltar uma autoridade de segundo escalão da coroa Inglesa, apenas por mera politicagem. Por competência da comunidade hoje o centro de promoção da saúde e cultura, funciona a todo o vapor, com diversas atividades educativas, culturais e socioambientais, contando inclusive com cisternas para captação da água da chuva e oficinas semanais sobre direitos humanos, pois Governo, atualmente, só se faz presente com suas tropas nas UPP's, armadas até os dentes, proporcionando a "segurança" da comunidade. No Brasil e neste caso especifico, no Rio, temos uma política midiática muito forte, que em vinte dias, se fosse uma política séria, poderia mudar uma comunidade inteira para muito melhor, no entanto, em vinte dias eles só mudam o que lhes interessa para aparecer nos próximos dois dias na mídia. Ainda bem que a comunidade pode trabalhar por mais vinte anos com sua nova sede social, pois, tomara que não, mas provavelmente é esse o tempo que o governo poderá ficar ser entrar lá novamente.

                                   Espaço da comunidade para uma reconstrução social.

Por: Fábio Lopes de Oliveira

domingo, 17 de junho de 2012

Primeiro dia na Cúpula dos Povos

Olá a tod@s que acompanham o blog do Observatório dos Conflitos do Extremo-sul do Brasil! Viemos fazer um breve relato dos primeiros momentos na Cúpula do Povos, Rio deJaneiro     
     Nosso primeiro dia no Rio de Janeiro(16/06), cararacterizou-se por uma ambientalização com o espaço e com as diversas pessoas, vindas de todo o canto do mundo, representando instituições da sociedade civil organizada, universidades, movimentos estudantis e sociais das mais diversas causas. A chegada no acampamento Enlace da Juventude, organizado pela REJUMA (Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabildade) demonstra a proporção do movimento que é a Cúpula dos Povos. Com um numero ainda indefinido de acampados, são muitos os grupos que ainda chegam ao acampamento da UFRJ, na Prais Vermelha, onde uma estrutura foi organizada para receber os participantes.


Na tarde iniciamos as atividades de credenciamento na Cúpula do Povos, no Aterro do Flamengo, onde muitas atividades autogestionadas estão acontecendo, sendo numerosa a quantidade de participantes, rodas de conversa, atividades culturais e plenárias ocorrendo simultaneamente.
Uma das maiores concentrações foi na Plenária 5 "Código Florestal, o jogo não acabou". Nessa plenária estava presente um grande número de pessoas, ligadas aos movimentos ambientalistas de todo o país, juntamente com a ex-senadora Marina Silva, que contagiou o público participante com um discurso pela recuperação das áreas degradadas, preservação da floresta em pé e pelo veto da Presidente Dilma ao Código Florestal.
A seguir assista ao vídeo desta atividade no link: http://www.youtube.com/watch?v=i8XTUPoJw2g&feature=youtu.be

O planejamento para o dia de hoje (17) é a ida ao Complexo do Alemão dentre outras atividades. Em breve estaremos publicando novas noticias.


Fábio lopes de Oliveira
Gitana Nebel

sábado, 16 de junho de 2012

Chegada a Cúpula dos Povos

No primeiro dia no Rio de Janeiro (16/06), caractrizou-se por uma ambientalização com o espaço e com as diversas pessoas, vindas de todos os cantos do mundo, representando instituições da sociedade civil organizada, movimentos estudantis, universidades e movimentos sociais das mais diversas causas. A chegada no Acampamento Enlace das Juventudes, proporcionado pela REJUMA (Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade), demonstra a proporção do movimento que é a Cúpula dos Povos. Com um número ainda indefinido de acampados, são muitos os grupos que ainda chegam a UFRJ, da Praia Vermelha, onde uma estrutura foi organizada para receber os participantes. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cúpula dos Povos do Rio Grande/RS é um Sucesso

Gostaríamos de agradecer a todos que fizeram do evento "Semana do Meio Ambiente Integrada à Cúpula dos Povos" do Rio Grande/RS e região um sucesso. E de lembrar para todos que no domingo (17/06) acontece a MARCHA DOS POVOS, com concentração no ArtEstação no Cassino às 14 horas.

MARCHA DOS POVOS. QUANDO? 17/06! ONDE? ArtEstação - Cassino. Horário? 14 horas!

Esperamos e contamos com a presença de todos!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Primeiro Dia da Cúpula dos Povos daqui (11/06)

O primeiro dia de atividades da “Semana do Meio Ambiente integrada à Cúpula dos Povos Daqui – Rio Grande e Região” foi um sucesso. Além de receber um excelente público, teve ainda a oportunidade de contar com uma fecunda discussão sobre Sustentabilidade na região Amazônica pelo período da manhã, e a tarde sobre a mesma questão em  Rio Grande e região.
No período da manhã trouxeram os problemas socioambientais da Amazônia nos Estados do Pará e Acre (Alexandre Macedo e Profa Eliza Costa), a importância da preservação desta região, bem como a proximidade com Rio Grande/RS e região.
Pela tarde os Professores Francisco Quintanilha e Philomena apresentaram para os participantes um cenário sobre Desenvolvimento e (in)sustentabilidade para o município e região, partindo de uma leitura macro até chegar nas questões e cenários locais.
Para fechar o dia tivemos a presença do Vereador Julio Martins que falou sobre “A cidade e a sustentabilidade”, onde apresentou uma discussão aprofundada sobre as problemáticas e potencialidades socioambientais do município, fazendo falas sobre: esgoto sanitário, mobilidade urbana, transporte coletivo e outros. O coletivo “É nóis- Lute” participou da atividade com cartazes colocando em questão o modelo de sustentabilidade adotado pela nossa sociedade.

CEA Divulga Cúpula dos Povos daqui

O Centro de Estudos Ambientais-CEA divulga a Cúpula dos Povos que acontece em Rio Grande/RS. Lembramos que o CEA vai estar participando do evento nesta quarta-feira (13/06) no período da noite.
Para verificar a postagem do CEA acesse: http://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/06/12/cupula-dos-povos-no-rio-de-janeiro-e-em-rio-grande/

Cúpula dos Povos acontece em Rio Grande/RS

Carlos RS Machado[1]; Caio Floriano dos Santos[2] e Wagner Passos[3]

No ano de 1992 foi realizada na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), vinte anos após Estocolmo 1972, a segunda conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida mundialmente como Rio-92 ou Eco-92. Como vem sendo amplamente o Brasil volta a ser sede desta conferência no ano de 2012, e esta vem sendo chamada de Rio+20.

Procurando entender o que seria discutido durante este evento, bem como nos eventos paralelos, organizou-se durante os meses de abril uma série de seminários na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) para se discutir os principais temas da Rio+20 (evento oficial) e apresentar e entender o evento paralelo chamado “Cúpula dos Povos: por justiça social e ambiental”, que acontecerá no Rio de Janeiro, no Aterro do Flamengo.

A partir destas discussões surgiu-se a ideia de se realizar em Rio Grande/RS a Cúpula dos Povos daqui, nesta perspectiva foram se agregando diversas entidades, movimentos sociais, coletivos e outros, para que de forma coletiva pudéssemos planejar e organizar este evento.

Após muito esforço e discussões foi organizado o evento “Semana do Meio Ambiente integrada a Cúpula dos Povos daqui”, que discutirá temas importantes para o município e região, como: Pólo Naval, Porto do Rio Grande, Mobilidade Urbana, Meio Ambiente, Educação, Diversidade, Populações Tradicionais, Desenvolvimento, Sustentabilidade e outros, sendo aberto a toda população e aos movimentos sociais.

O evento acontecerá na FURG (Campus Carreiros – Pavilhão 4) entre os dias 11 e 15 de junho, com a Marcha dos Povos no dia 17 de junho, reunindo todos os movimentos socioambientais e coletivos participantes (Concentração no Cassino às 14 horas em frente ao ArtEstação). A abertura do evento acontece no dia 11 de Junho às 10 horas no Centro de Convivência do Campus Carreiros da FURG. Esperamos a presença de todos.



[1] Professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG);
[2] Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da FURG (Bolsita FAPERGS/CAPES);
[3] Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da FURG;